A Associação para a Resiliência da Região de Lisboa anuncia o lançamento oficial da Agência Cívica de Rating.

Lisboa, 7 de julho de 2025 – A Associação para a Resiliência da Região de Lisboa anuncia o lançamento oficial da Agência Cívica de Rating, uma iniciativa inovadora de monitorização do impacto da banca na sociedade e da integridade nas finanças públicas. Dotada de uma rede de especialistas independentes, esta iniciativa tem como missão: a) avaliar a exposição das famílias portuguesas a riscos provenientes do sistema financeiro nacional e internacional e b) promover uma cultura de diálogo e de ação para a estabilidade, que integre a perspetiva dos cidadãos.

Através do poder da informação, a Agência Cívica de Rating (ACR) vem dar resposta ao crescente peso dos mercados financeiros e das suas instituições na economia e na governação. Este fenómeno de “financeirização” (ver info. adicional) tem gerado impactos cada vez maiores nos direitos fundamentais das famílias, na qualidade da economia real e na própria sustentabilidade do sistema financeiro a longo prazo.

Torna-se vital: 1) fornecer aos cidadãos portugueses informações simples e objetivas sobre as práticas dos vários bancos a operar no país e das várias instituições das finanças públicas, 2) colocar ao dispor da sociedade um sistema transparente para apoiar a análise das políticas públicas e do setor, e 3) alertar para os perigos que o fenómeno representa para o laço de confiança entre famílias, Estado e empresas, que sustenta a democracia.

Para o efeito, a ACR anuncia a publicação do seu estudo inaugural:

Portas-giratórias entre a banca e o Estado: monitorização, mega-riscos financeiros e recomendações de prevenção”.

Este estudo:

  • Apresenta a primeira versão do modelo de monitorização cívica da banca, desenvolvido, assente em quatro dimensões fundamentais (ver info. adicional, abaixo),
  • Faz o levantamento e análise das “portas-giratórias” entre a banca e o Estado, entre dois períodos “Pré-crise” e “Pós-crise”, observando-se uma melhoria do problema, contudo, tímida.
  • Explora os impactos potenciais nos cofres públicos, estimados na ordem de 1,6 mil milhões de euros/ano1,
  • Estabelece um “Índice de Risco de Captura de Influência Política, Pública e de Regulação, a publicar periodicamente a partir de 2025,
  • Apresenta um conjunto de recomendações para prevenção de mega-riscos financeiros associados ao fenómeno, nomeadamente estabelecer diretrizes e mecanismos para a circulação adequada e prudente de cargos entre setores.

A ACR é dirigida pelo o presidente da Associação para a Resiliência da Região de Lisboa, Luís Coruche, e reúne uma rede de especialistas com ampla experiência internacional em avaliação de impactos económicos, sociais e políticos. Nomeadamente: Francisca Baptista da Silva, especializada em Direitos Humanos pela London School of Economics, Luís Mah, do Departamento de Economia Política do ISCTE, Piedade Coruche, doutorada em Socioeconomia pela London School of Economics e João Paulo Batalha, especialista nas áreas de Transparência, Governança e Advocacy.

A iniciativa conta ainda com o apoio institucional, não financeiro, das associações ProPública–Direito e Cidadania e Frente Cívica.

De modo a garantir total independência política e empresarial, a Agência Cívica de Rating foi financiada através de uma campanha de crowdfunding junto da sociedade civil.

No segundo semestre de 2025, em data e local a anunciar, a Associação para a Resiliência realizará um evento, convidando, desde já, todas as partes interessadas – em especial a banca e o Estado – para consulta relativa ao modelo de monitorização desenvolvido e diálogo sobre os seus primeiros resultados. Neste mesmo evento, a Agência Cívica de Rating será formalizada como observatório permanente do sistema financeiro e finanças públicas, assumindo, deste modo, a missão de cooperação e ação no país para a conversão de riscos estruturais em oportunidades de evolução social e económica integradas.

1 Valores comparativos: 1,6% da Despesa Pública total prevista no Orçamento de Estado para 2025, 21% da prevista para a Educação e 52% da prevista para a Defesa (DGO, 2025); Equivalente à compra de 8 560 habitações ao custo médio do m2 no 4º trimestre de 2024, com uma área média de 100 m2 (INE, 2025).

Luís Coruche (Coordenador do projeto)

Telefone: +351 920 495 287

Email: ars.rlx.comunicacao@zoho.eu

Visite o nosso website oficial em https://agenciacivicaderat.wixsite.com/mysite

Acompanhe a nossa ação na nossa conta:

Bluesky

@ars-rlx.bsky.social